À margem de uma conferência de imprensa hoje na Universidade do Minho, sobre o programa de doação de sangue a decorrer na instituição, Álvaro Beleza garantiu que a questão da legalidade das decisões tomadas por si enquanto presidente do IPS vai ser "regularizada"..Álvaro Beleza assumiu a direcção do IPS em Fevereiro, ainda sob governação socialista, mas a nomeação do médico nunca foi publicada em Diário da Republica, o que suscitou nos últimos dias dúvidas quanto à legalidade das decisões tomadas por Beleza.."É uma situação que vai ser regularizada. As decisões vão ser legais, só não sei a fórmula jurídica de o fazer", afirmou Álvaro Beleza, adiantando que entre estas soluções pode estar a nomeação, "por pouco tempo, para o cargo seguida da exoneração"..Ainda sobre as decisões à frente do IPS, Álvaro Beleza garantiu que "foram tomadas de acordo com a tutela", quer a "tutela socialista quer a actual", especificou..Beleza explicou ainda que a saída do IPS "foi uma opção própria", uma vez que o actual ministro da Saúde, Paulo Macedo, já lhe havia garantido a recondução no cargo..Na origem da saída de Beleza da direcção do IPS está a incompatibilidade entre o direção de um instituto público e o cargo partidário que, entretanto, aceitou ocupar no Partido Socialista.."Quando o líder do PS me convidou para integrar a Comissão Nacional do partido e eu aceitei, nem eu nem ele sabíamos desta incompatibilidade", explicou, adiantando que o souberam "dois dias depois"..O médico explicou que optou então por "deixar a direcção do IPS" por entender que "tinha um dever de participar na ajuda a Portugal através da ajuda ao PS"..Álvaro Beleza apontou ainda como justificação para a saída do IPS que "não há pessoas insubstituíveis" e que "também é bom dar exemplos de desapego ao poder".